Carta Patrimónios #4

A pandemia encerrou Portugal nas vésperas da realização do evento programado para 12 de março de 2020, tema central da última Carta, sobre a integração na Universidade de Coimbra [UC] do arquivo do levantamento arquitetónico da Ilha de Moçambique realizado em 1983.

Os convidados e o acervo já estavam em Coimbra, por isso assegurou-se a incorporação documental, apesar do cancelamento do evento. Desde então, além de outras ações correntes adaptadas ao contexto pandémico, garantimos o funcionamento do curso de doutoramento, a colaboração docente com a UniLúrio e fomos programando a retoma. Inevitavelmente, optámos por retardar o lançamento desta Carta #4 até que essa retoma se afigurasse minimamente materializável, aceitando que algumas oportunidades se perderam e que outras surgiram. 

— Visando reforçar o seu empenho estratégico no âmbito do património cultural, designadamente o de influência portuguesa, a UC, através do Instituto de Investigação Interdisciplinar e com o impulso direto da Patrimónios, no passado dia 4 de dezembro foi criada a Iniciativa Património e Desenvolvimento: história, políticas e técnicas [IPD] que agora se encontra em fase de instalação através da respetiva comissão constituída por Adelino Gonçalves, João Luís Fernandes, Luísa Trindade, Miguel Bandeira Jerónimo e Raimundo Mendes da Silva. A IPD será disciplinarmente transversal, bem como no que diz respeito às unidades de I&D que os seus elementos integram. Como refere a proposta de criação, é um grupo aberto de docentes e investigadores da UC “com significativa experiência de trabalho conjunto em investigação, ensino de graduação e pós-graduação, transferência de saber ao nível da história, políticas e tecnologias do património […]. Trabalham especificamente património com uma dimensão e lastro construtivos, analisando-o, pensando-o e nele agindo a partir da contemporaneidade e dos múltiplos e complexos desafios que esta suscita, os quais exigem uma abordagem interdisciplinar e em rede.”. Património e desenvolvimento foi, precisamente, o tema central da nossa Carta #2.
— Numa parceria com o jornal Público, desenhámos um projeto que tem como objetivo central disseminar conhecimento e promover um debate informado sobre o tema Patrimónios Contestados. O projeto articula três componentes autónomas: um curso em linha que decorrerá de 28 de abril a 14 de julho (ver programa abaixo); um conjunto de textos no suplemento P2 do jornal e o livro homónimo que acaba de ser lançado. Em todas as componentes contamos com o contributo de onze personalidades com especializações e percursos muito diversificados, composto segundo uma visão poliédrica de conceitos, problemas e casos diversos na temática, geografia e contextos de património contestado, incluindo o de influência portuguesa no Brasil, Goa e Portugal.
— Nos dias 23 e 24 de junho terá lugar, esperamos que presencialmente, o colóquio Mundos do Patrimónios: temas, casos, perspetivas, no qual os estudantes do Patrimónios apresentarão comunicações sob aspetos das respetivas dissertações. Contará ainda com duas conferências de convidados (ver programa abaixo).
— No evento referido no parágrafo anterior serão apresentados 4 livros publicados pela Patrimónios no primeiro semestre de 2021, sendo dois resultados de revisões críticas de dissertações de doutoramento concluídas, um a divulgação do processo da ação desenvolvida na Vila da Preguiça da Ilha de S. Nicolau em Cabo Verde, e o último o da acima referida parceria com o jornal Público

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