Museus da Ilha de Moçambique – Museu de Arte Sacra

Equipa da Cátedra Patrimónios concluiu a elaboração do Inventário do Museu de Arte Sacra da Ilha de Moçambique.

O documento concretiza uma necessidade há muito sentida pela direção e equipa técnica do Museu de Arte Sacra (MAS), um dos três núcleos museológicos que compõem os Museus da Ilha de Moçambique (MUSIM): a de dispor de um inventário digital que, para além de ferramenta essencial no trabalho quotidiano de qualquer curador, possa simultaneamente dar a conhecer ao público, de forma simples e eficaz, a totalidade da coleção.

O trabalho, encomendado pela Fundação Calouste Gulbenkian, assentou diretamente em dois documentos anteriores, todos significativamente elaborados sob esse mesmo patrono:

  • O primeiro, datado de 1966 e elaborado por Maria Madalena Cagigal e Silva, preparou a abertura do museu 3 anos depois.
  • O segundo, levado a cabo entre 1998 e 2001, sob coordenação de Alda Costa (então diretora dos Museus do Órgão Estatal de Cultura) e elaboração de Sara de Sousa Teixeira.

Este novo inventário visou responder a alguns requisitos de atualização, desde logo à questão do formato digital, permitindo a sua divulgação e acesso universais. Desse trabalho resultaram dois instrumentos: uma base de dados entregue ao museu, com o inventário completo e passível de ser atualizado pela equipa do museu; e o ficheiro de formato pdf interativo com a totalidade da coleção. A este foi dada uma expressão apelativa, de fácil acesso e consulta. A intenção é convidar o público a conhecer o acervo do MAS visualizando as peças de escultura, metal, têxtil, mobiliário, pintura e ourivesaria que integram a coleção, seguindo-as nos respetivos conjuntos ou percorrendo livremente o inventário.

A ação foi espoletada com o desafio feito pelo Diretor dos Museus da Ilha, Silvério Nauaito ao coordenador da Patrimónios em finais de 2016. Este desencadeou o processo de envolvimento da Fundação Calouste Gulbenkian que, após uma visita técnica, decidiu apoiar, estabelecendo com os envolvidos os procedimentos. Assim foram designadas para desenvolver o trabalho Renata de Araujo e Luísa Trindade, duas docentes do Patrimónios com qualificação específica. O trabalho teve início em Julho de 2017 por ocasião da realização das Oficinas de Muhipiti: planeamento estratégico, património, desenvolvimento e decorreu até finais de 2018 com diversas interações, em especial com a equipa do museu constituída por Abdul Juma, Ali Atumane, Lito Juma e Muanjuma Momade. Algumas tarefas específicas foram desenvolvidas por Fernanda Maitan e Fernando Pires. Mas o trabalho não teria sido possível, sem o empenho de Mariana Portas da Fundação Calouste Gulbenkian.

O PDF está também disponível aqui.